quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Carta para D.

Eu acho que estou gostando demais de você. E as vezes eu sinto medo disso tudo acabar de repente. Morro de medo de ser abandonado e tenho fobia de rejeição. Sei que você não faria isso comigo, mas por outro lado, sei também que todos estamos vulneráveis a conhecer alguém mais legal. Acho que não sou o que há de melhor em seres humanos e nem sou um representante exemplar da espécie e eu sei também que muitas vezes pareço um idiota frígido. Talvez você dê risada disso pelas costas, ou não. Mas eu tenho vontade de me entregar, de verdade. E é a atitude que eu terei. Independente de me sentir seguro ou não para isso. Porém, nesse caso eu acho que tenho certa segurança pelas coisas que você me diz e me deixa com cara de babaca no trabalho. Eu dou risada disso. Imaginei que isso jamais fosse acontecer novamente comigo, já que eu estava me sentindo como um corpo vazio sem capacidade de sentir qualquer coisa por qualquer pessoa. Acho que ainda existe muita coisa reservada pra mim. Não penso mais em desistir da vida. E sabe, a melhor coisa que existe nesse mundo é saber que não se está sozinho. Mesmo quando se está sozinho, fisicamente, ainda assim sabe-se que existe alguém pensando em você (as horas não mentem! 10:10/11:11/12:12 e etc.) e saber que você também está pensando em alguém. Pode parecer uma coisa brega e doentia, mas significa muito pra mim. Muito mesmo. Sempre acreditei que eu jamais fosse capaz de fazer alguém feliz. Sempre carreguei isso comigo. Talvez esse pensamento não tenha mudado, mas ainda assim, detsa vez eu queria tentar. Talvez eu não chegue a lugar algum com isso, talvez eu me machuque cada vez mais, talvez eu carregue ainda mais cicatrizes dos que as que eu costumo carregar por onde vou. Mas quem se importa? A vida é para ser vivida e com isso assumimos riscos. Da mesma forma que se assume riscos para viver, esses mesmos riscos podem deixar de ser ameaçadores e podem virar algo feliz. Sou do tipo de pessoa que não acredita em felicidade e nem no amor. Calma, deixe-me explicar. A felicidade para mim é algo completamente subjetivo, é algo particular de cada pessoa e eu tenho a minha, você tem a sua...enfim. A felicidade (pra mim) é um conjunto de momentos felizes, que somados geram um bem-estar que se pode chamar de Felicidade. A felicidade não é um sentimento constante. Uma pessoa não pode SER feliz, pode ESTAR feliz. Já o amor é uma troca de interesses. Amor puro, só o de mãe mesmo. Eu procuro uma coisa que você tem e que me faz bem, você procura uma coisa que eu tenho e que te faz bem. Isso gera uma afeição bonitinha e é aí que ele se desenvolve e é o que podemos chamar de "Amor". Já o amor pra mim é quando se gosta muito de alguém, a ponto de fazer coisas bestas na frente um do outro, de fazer compras juntos, de um saber o que o outro está pensando só de olhar, de fazerem o melhor sexo da vida dos dois juntos, de um saber o perfil completo um do outro de cor, de compartilharem TUDO. Isso sim é o que eu chamo de amor. Bem, posso não estar certo em nada do que escrevi aqui. Mas é a minha visão sobre as coisas.
Com carinho, Vinícius.

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