quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Mas que calor é esse em volta do altar? É o calor de Deus que está nesse lugar.

Minha dieta rigorosa na verdade se consistiu em dois pães de queijo pro dia inteiro.
Tenho sentido meu papo crescer a cada dia que passa.

As coisas estão até que bem, mas ainda assim eu não estou conseguindo processar essa felicidade besta. Acho que eu não sei mais ser feliz, e eu acho que isso me cansa. Eu sempre corri atrás dessa coisa chamada "felicidade" e sempre quando consigo alcançá-la, momentâneamente, eu fico com saudade da minha dor. Deve ser porque nenhuma felicidade é tão intensa quanto a dor, e eu gosto de coisas intensas e, com certeza, a dor é intensa e ironicamente me faz sentir mais vivo. Ou talvez porque já estou acostumado com ela, algo como uma esposa gorda e feia, mas que cozinha bem. Você não gosta mais dela, mas ainda assim a quer por perto. É bem esquisito mesmo. Eu sou esquisito.

Acabei de atender um senhor chamado Celso. Ele é o tipo de pessoa mais desagradável que eu poderia ter contato. Ele chega e quer fazer e acontecer e fica atrás vendo eu trabalhar na arte dele e ele me cansa e eu não quero mais ficar aqui. Não gosto daqui e acho que nunca gostei. Queria ter a vida de um rockstar boêmio e viver pelos bares da cidade e fazer o que me der na telha. Rockstars tem a tendência de se destruirem, exceto o chato do Bono Vox, mas ele nem é rockstar completo. Ontem eu fiz um teste: Qual rockstar decadente é você? O meu deu a Amy Winehouse, e falava assim que eu tinha um dom nato, mas eu gostava mais de sentir pena de mim mesmo e me destruir e disperdiçar o dom que deus me deu. Faz sentido, exceto pela parte do dom musical. Não tenho esse dom. Na verdade eu ainda não sei, já que nunca me arrisquei a tocar um nada. Quem sabe um dia eu me descubro uma grande músico. Até parece.

Queria ter um dom. Quando eu era criança as pessoas diziam que eu tinha o dom do desenho, mas eu acho que perdi. Não tenho mais o costume de desenhar e eu nem sequer tenho vontade de fazê-lo. Gosto de ficar deitado ou na internet, quando estou em casa. E eu não gosto de ficar em casa, me sinto vazio...sei lá.

Hoje de manhã eu vi uma mulher no metrô, já idosa com alargadores e um monte de tatuagem e cabelo curtinho. Bem bonita, mas ainda assim sem perder sua feminilidade (existe essa palavra?), ela passou duas argolas imensas nos buracos do alargador e usava saltos altíssimos. E vestido. Achei interessante, se um dia eu me casar, quero que seja uma mulher assim.
Na verdade eu vou ser assim. Vou ser um velho todo tatuado e com alargadores, porque eu não pretendo tirar. Eu acho que eu vou ficar mais bonito quando ficar mais velho, acho que vou ficar lindo (sou bonito pra caramba)...Pode rir, mas eu penso isso mesmo, acho que a vida não vai ser tão filho da puta comigo a ponto de permitir com que eu seja feioso e gordo pro resto da vida. Mas esses dias eu estava deitado na minha cama e pensando, acho que eu gordo como estou faço mais sucesso entre os garotos. Sei lá...tenho mais pessoas no meu pé depois que engordei. Quando eu estava bem magro ninguém me queria muito. Acho que sou o tipo de menino que fica bem quando está gordo. Eu acho que eu gosto de mim, um pouco.

Ontem ele chegou cedo nos msn, eu fiquei esperando só um pouquinho. Poderia ser assim todos os dias, porque eu tenho dormido muito tarde e me atrasado pro trabalho, mas quer saber? tanto faz. Eu nem ligo. Estou querendo ser mandado embora mesmo. Imagina! ganhar três meses de seguro desemprego! Seria ótimo.
Mas o que eu dizia mesmo? Ah, então. As coisas estão caminhando como devem ser (e eu estou tendo um Deja Vu nervoso agora) e estamos indo com calma, e sem precipitações. Acho que é a melhor coisa que fazemos, embora sabemos bem o que queremos. Sei lá...dessa vez está sendo diferente. Só me senti assim por uma pessoa, somente uma vez na vida. E eu me vejo a longo prazo com essa pessoa. Eu gosto disso. Tenho tido menos vontade de me destruir e mais vontade de permanecer vivo. Tá explicado o motivo de eu estar engordando. Acho que estou ficando com uma pequena vontade de viver. Isso é estranho. Desde há mais de uma ano eu não tinha a mínima vontade de permanecer aqui nesse mundo. Claro que tenho meus picos e eu já senti vontade forte de morrer nesse meio tempo. Mas nada que fosse duradouro.

(Acabei de atender um senhor com forte sotaque CASTELIANO que me irrita profundamente, na verdade ele próprio já me irrita profundamente por si só, ainda bem que ele só queria três impressões coloridas)

Acho tão feio senhor negro de cabelo branco crespo. Parece uma bolota de algodão em cima de uma trufa de chocolate. Se eu fosse ele (o senhor que eu vi agora, passando aqui na frente) iria raspar a cabeça. Ou usar um chapéu coco (ia ficar bem nele).
Isso me lembra o Everton. Não gosto dele. Ele tem mania de ser moralista.

Hoje eu vim com a minha camiseta preferida. Ela é preta e tem um desenho vintage do frankstein. Eu gosto do Frankstein.

(Aline começou a atender um cliente que eu odeio, ainda bem que não sobrou pra mim, gente, chegou um homem de mullets NERVOSO. Juro que se meu celular não fosse tão barulhento eu tirava uma foto e postava! Ah se postava!)

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