quinta-feira, 29 de outubro de 2009

loucura

Um desejo súbito de não existir mais nesse mundo tomou conta de sua mente naquela manhã de domingo. Esse sentimento estendeu-se por todo o dia. Sentia que não pertencia a este mundo e que ninguém, realmente, o queria aqui. Ele não queria ver ninguém e ninguém queria vê-lo, na sua concepção. O pensamento de ser alguém completamente dispensável o perturbava. Quero morrer. Mas eu vou ficar sozinho sem você. Logo você arruma outro...é assim que as coisas são. Um copo de refrigerante para ver se a cabeça esfriava um pouco essas idéias. Não funcionou. Outro cigarro. A dor ainda estava lá. Sentia falta de seu pai e de sua infância. Uma ligação estranha e monossilábica. Não, eu não estava bem. Não queria magoar ninguém. Ele merecia ser deixado de lado para sempre. Mas essa idéia o corroía por dentro, como ácido destruindo as partículas sólidas de alimento quando estas chegam ao estômago. Ausência de fome. A coisa então é grave. Oh my god...cantava uma mulher pelo som que saía de seu computador. Oh my god! É realmente o que ele pensava. O que acontece: Nada está tão errado para ficar assim. E por que estar: Masoquismo: Não se sabe. Mas é um fato que ele não está bem. Deve ser um início de surto. Uma noite mal-dormida, apesar das longas horas que passou na cama. Aquele pensamento ainda estava na sua cabeça. Sexta eles voltaram com força total. Aquela sombra foi novamente vista. A segunda vez no ano. E novamente ele ficara mal com isso. Um filme passou em sua cabeça doentia e sedenta por dor. Aquele triste filme que o persegue há dois anos. Já se fazem dois anos que isso aconteceu: Como o tempo passa rápido. Ele digita palavras sem sentido que apenas saem de sua cabeça. Exteriorizar os sentimentos, como dizem algumas pessoas. Embora ele duvide que essas palavras vazias têm algum valor. Oh my god! (Essa música é tão legal) Euforia. Balance a sua cabeça ao som da música. Mais um cigarro. Por que ele deveria parar de fumar como todos querem: O cigarro o entendia como poucas pessoas. (Precisa-se de um maço novo). Talvez ele realmente fosse sozinho, como desconfiava em segredo.

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