terça-feira, 8 de setembro de 2009

Ai gente....como eu me sinto um imbecil por simplesmente gostar. Isso não é normal e eu preciso de terapia.

Nunca quis dar o braço a torcer. Nunca gostou desse lance de demonstrações de afeto humano. Sempre se sentiu fraco diante disso tudo e sempre tentou esconder o que estava sentindo atrás de uma máscara inexpressiva e de super-humano intocável, inabalável e duro. Era uma fachada grotesca, mas que ainda assim conseguia convencer.
Sempre se sentiu ridículo e bobão diante de situações bonitinhas. Gostava delas, mas não podia dizer que se sentia à vontade com a presença de elementos bonitinhos. Aquela pessoa sim, era-lhe um expemplo. Sabia demonstrar muito bem o que estava sentindo, mas como o outro era fechado e se sentia inseguro demais em relação a si próprio e ao sentimento das pessoas para com ele, acabava por reprimir suas reações que gostaria de passar.
Quando, na verdade, queria dizer: Eu gosto de você e gosto de estar com você. Acho lindo o seu sorriso pra mim e gosto da sua carinha de nerd.
O que acabava saindo era uma cara de inexpressiva para desprezível. O que, de certa forma, magoa as pessoas.
Mas essa era apenas a sua forma de defesa. Sempre acreditara nessa verdade acima de tudo. Talvez como uma desculpa-justificativa de ser desta forma. Era bem assim: Antes de ser desprezado (na cabeça dele NINGUÉM poderia gostar dele de verdade pelo simples fato de ele ser ELE MESMO) ele já tinha desprezado duas vezes. Fingindo não se importar.
Ele dormia triste, pensando nas coisas que poderia ter falado ou feito com a pessoa que ele gosta. Mas ele repetia isso no outro dia...e no outro...e talvez no outro.

Mas por dentro o "gostar" ainda permanecia. E ele sentia saudade de estar com aquela pessoa e de deitar do lado pessoa e ficar fazendo planinhos que talvez nem existam e de discutir sobre a vida, sobre baladas porcas, sobre bebidas, sobre roupas, sobre o anãozinho do filme pornô que assistiam naquele momento e ele só queria encostar a cabeça sobre o peito daquele que ele gostava e que esse momento jamais se acabasse. A chuva caía forte lá fora, o tempo da pernoite quase se esgotando. Mas não importava. Nada importava pois ainda tinha aquele peito macio sobre o qual se podia repousar.

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